sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

TRAIÇÃO


                                                                             

                       Traição? Ou engano?
                       Eu diria inconseqüência...
                      Aquele que trai inconsciente, o faz, pelo não conhecimento da arma que traz nas mãos!
                       Pensa que trai a outrem, mas a arma tem dois lados de disparo, ao apertar o gatilho o projétil se divide e atinge a ambos.
                      O que trai, vive na ansiedade, no desassossego, no medo, desconfiado...!
                      O que é traído, vive na amargura, insegurança, perde o chão, sente a dor do engano, descarta a confiança como palavra e sentimento e se ancora no desdouro...
                      Não há ganhos, só enganos...
                      O que trai, antes de trair o outro, traiu a si próprio, porque passa a julgar a vida e os outros, por si mesmo, uma espécie de auto-descrédito, é o perder, ao pensar que se ganha, pois que toda ação desencadeia uma reação, isso é inevitável, e o subconsciente velado sabe que a semente foi plantada e que florescerá em algum lugar do tempo, nada é determinado, porém, havendo as condições necessárias e apropriadas, ela florescerá..., daí a inquietude interior.
                      Esse tipo de comportamento chega a ser ilário, pois é como por uma pedra no próprio sapato, atirar no próprio pé, ou ter medo da própria sombra!
                       Como odeio pedras no sapato e pulgas atrás da orelha, continuo apostando na verdade..., e na sinceridade, por mais que elas sejam doídas e desagradáveis em alguns momentos da vida..., sempre serão a melhor opção, para quem prefere dar passos firmes, e dormir em paz...!



                                                                                                  CLAUDIA ABREU

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

O MAR E A AREIA...

                        Observando o bailar das ondas...
                               encontro a magia oculta sob as espumas do mar...

 
                                                                     
 " O Mar e a Areia "

                  O mar busca apaixonado a areia, sempre querendo alcançá- la...,
 formando suas ondas...,
 explodindo em espumas de amor...
esticando- se num esforço desmedido...
 sussurrando poesias
 para com um beijo molhado
 deleitar-se ao sentir sua alva face!
  Gostaria ele de permanecer alí...
  indefinidamente estático...
sentindo...
sorvendo...
     acalentando sua amada...
                     ligados por um eterno beijo!  Porém o movimento faz parte de sua natureza, 
e o desejo de tocá- la
  tornou-se o sentido único de cada momento de sua existência...
Mas iludido não sabe ele,
 absorto em sua paixão,
 que tal sacrifício se faz desnecessário.
 Pois, se parasse para olhar dentro de si mesmo,
 para as profundezas de seu ser...
 num único momento de introspecção,
 saberia que ele e a areia sempre estiveram intrínsicamente unidos...
 num abraço apertado
 substância à substância, inseparáveis...
 Ela sempre fôra a base
                       o sustentáculo de seu ser,
                         abrigando-o sobre seu colo amoroso...
                            Mas ele fixado somente na superfície,
                              dela só enxergava a face iluminada..., de dia pelo sol...
 e de noite pela lua...,                                                                                  
 Insensível a energia que pulsava sob seu corpo revolto...
ou mesmo na calmaria,
dela só via o que estava descoberto
 o sorriso que dela  expandia..., feliz..., iluminado...!
Pois estivera sempre alí
 sentindo-o por inteiro,
 entregue...
        misturando- se a ele...
               dançando com ele, mesmo que imperceptível,
          a dança das ondas...
 deixando-o penetrar profundamente o seu ser na arrebentação de cada onda...
Sentir seus beijos,
 o sal de sua boca,
 para ela, o extase de sua relação de amor eterno...,
 para ele,
 a busca insaciável do todo,
 do que sua cegueira o impossibilitava ver, sentir...
 a felicidade interior
 aquela que sem que soubesse o impulsionava para o movimento
 para o beijo
 para a busca do gozo...
 para expansão de sua realidade... ,
sendo sempre sua alavanca,
 seu estímulo...,
 seu incondicional leito de amor...
 E assim vive o mar
                    na cega busca por uma parte dáquilo 
                      que sempre há ele pertencera por inteiro...
Mas se um dia
        o mar vestiu-se em total calmaria
     sob o testemunho do sol
        e da lua
          num cúmplice eclípse de amor...
              foi por que na falta
           da luz exterior
                 sem poder vislumbrar a face da areia
                num sofrimento
                     inconsolável...
                      verteu-se para as suas profundezas...
 e num súbito espanto
 constatou num pranto mixto de alegria e dor
 que sua amada alí vivia...
 instalada em suas entranhas
 aberta à seu amor...
  Quanto tempo desperdiçado num esforço inutil
                     gastando energia ...
                  para alcançar algo que sempre fôra inteiramente seu...
                Porém hoje,
                   quando o eclípse se faz
                      o mar cobre a face da areia
                      e a toma toda para si,
                        num ato silêncioso
                           e profundo misturam- se...
 e no aconchego morno de seu leito, fundem- se...
 num terno beijo de Amor...!
                                                                                                                          
                                                                                  CLAUDIA ABREU    

   
                                                                               

                                                                 

sábado, 22 de janeiro de 2011

O PRESENTE...

             
            Porque reclamar da vida?
    Viva..., porém com sabedoria!
    Aquele que sobrevive às experiências dos tempos, ganha um presente a cada dia, e este, é acumulo de conhecimento...
    Quem observa e reconhece em ganho o que viveu em toda a sua plenitude...sabe que as experiências passam, mas o conhecimento fica!
          Vida e morte são apenas palavras, fronteiras da eternidade...
           O importante..., é que mesmo sem saber sobrevivemos a tudo!
            Assim, o universo criador te oferece à vida..., embrulhada para presente com um grande laço de fita!  

                                                                               Claudia Abreu