quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

MILAGRE...

 




O milagre é o ato de tornar-se possível a realização do que pensamos ser humanamente impossível. De acontecimentos sobrenaturais, de coisas e poderes que não sabemos explicar, pois estão além de nosso conhecimento, de nossa compreensão, tornando- se desta forma manifestação do divino.
Gostaria que você viesse comigo..., caminhasse de mãos dadas com meus pensamentos, que enxergasse atentamente as imagens que afloram de minhas palavras, de minha mente, que sentisse profundamente os meus sentidos e juntos pudéssemos desmistificar o milagre como sendo algo unicamente sobrenatural e poder sentí-lo e entende-lo, como dádiva a nós concedida de momento à momento...

Acredito que o milagre esteja na profundidade do olhar, do sentir, do estar e do ser...
O milagre está em todas as coisas que vemos, sentimos, ouvimos e que inconscientemente julgamos banais, corriqueiras, sem valor maior, comuns à nossa percepção superficial, rasa, acostumada aos acontecimentos mágicos, e manifestações criativas da vida em toda a plenitude de sua natureza intrínsecamente milagrosa...
O milagre é a essência da natureza humana..., é a integração de todas as coisas vivas, de toda energia criativa que explode em cores, cheiros, sons, sabores, texturas, sensações, formas e composições...

O milagre está na fórmula alquímica da vida, na combinação dos elementos água, fogo, terra, ar e éter, num trabalho conjunto e contínuo de construção da matéria viva e animada pelo sopro divino.

Transformando vontade em realidade, idéias em manifestações visíveis, construção palpável do que chamamos realidade, energia na forma pensamento criando arte, beleza, movimento, progresso...
Desvelando o que chamamos ciência, conhecimento...
Sendo estes nada mais que chaves de acesso ao conglomerado da memória de um Universo Uno, gerador e transmissor de experiências transformadoras e progressivas, dinâmicas e inovadoras..., alavancando a Criação Divina para novos e desconhecidos afluentes criativos...
O milagre deixa de ser milagre e transforma- se em manifestação da vontade quando nos reconhecemos como
cocriadores do verbo divino! 
Quando reconhecemos as manifestações de Deus como parte de nós mesmos, quando entendemos, valorizamos e cultuamos o Deus que existe dentro de nós e de todas as coisas vivas, e não separado de nós, e nem separado em categorias, individualizados, rotulados, avaliados, descriminados como mercadoria, como simples produtos desvinculados de nossa natureza e expostos nas prateleiras frias de um supermercado.
Não podemos esquecer que tudo o que existe neste plano material é feito da mesma composição elementar, o que difere e caracteriza todas as espécies da criação é apenas a maior ou menor quantidade e variação do estado físico de cada elemento. Precisamos do que os elementos nos proporcionam como estrutura e alimento para o cultivo da vida, necessitamos dessa integração genética e energética, da comunhão saudável com a natureza elementar de todas as coisas para que se faça possível o equilíbrio pleno do todo...
Não estamos aqui para nos julgar melhores ou superiores a coisa alguma, mais sim, para interagirmos no milagre da vida... , para sermos cocriadores e não destruidores de nossa própria natureza. 
Fomos abençoados com a inteligência e a razão para que pudéssemos realizar em completude de amor, respeito e gratidão a preciosa oportunidade da existência e sobrevivência, como parte expressiva e pensante deste planeta que é extensão de nossos próprios corpo e mente...
Uma mente atordoada e doentia produz  energia negativa, destrutiva, vindo a causar danos, doenças e desequilíbrio ao corpo e a vida de uma forma geral. Uma mente sã e feliz gera energia positiva, saúde, equilíbrio e prosperidade...
A valorização e incondicionalidade do amor por si mesmo e todas as coisas que compõem o cenário da existência, são a chave mestra que abre a porta de acesso ao eu superior, propiciando-nos um mergulho profundo ao autoconhecimento da alquimia divina através do reconhecimento e consciência plena do “Deus interior como o todo em um”... , o único meio, poção e solução regenerativa e curativa... , para todo o sopro de vida concedidos pelo criador, tornando-se possível desta forma, a realização de todos os fenômenos  que entendemos e conceituamos como milagres...
Veja! Sinta! 
Preste atenção! Observe...! 
O milagre se realiza em tudo a cada instante!
A vida é o maior milagre existente no Universo...
Só precisamos nos adequar a realidade e simplicidade da mesma para que possamos entender que o milagre só se torna possível quando passamos a conhecer, respeitar, cultuar e amar incondicionalmente nossa própria natureza...
O milagre tem de começar dentro de nós,  para que possa se manifestar como conseqüência palpável do verdadeiro desejo amoroso por todas as coisas que em essência são inerentes a nós!

Claudia Abreu

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

FELIZ ANO NOVO!



Em 2012:
Primeiramente e antes de qualquer coisa
“ame-se”!
Viva cada momento como se fosse o último!
Coloque para fora tudo o que te faz mal, está preso na garganta, na memória e no coração, pois é falando e extravasando que a gente alivia a alma. “E é conversando de forma civilizada, madura e sincera que se torna possível chegar a um entendimento, superar antigas mágoas, por os pontos nos "is ", e principalmente, buscar observar e entender de forma clara, todas as situações, para que se possa cair na real de que nem sempre a culpa é apenas do outro, por isso, é sempre bom olhar primeiro para o próprio umbigo antes de sair apontando o dedo apenas para o umbigo do outro, o que realmente vale, é poder encostar a cabeça no travesseiro e dormir com a consciência de um anjo...! A consciência tranquila remonta em paz e harmonia interior, viva light...!
A terra dos sentimentos é terra que não se pisa de qualquer jeito, é feito areia movediça, se você não pisa com muito cuidado corre o risco de afundar, e o que é pior, de levar outros com você, por isso respeite este território!
Releve mais..., julgue menos!
Ouça mais música, ela tem o dom de vivificar e elevar a alma!
Cante muito e desimpedidamente na rua, na fazenda, nas caminhadas ou corridinhas matinais, no chuveiro é bom demais..., fazendo isso você estará higienizando também sua mente, você não pode imaginar o bem que isso faz... , vale a pena tentar, nem que para isso os outros tenham de sofrer um pouquinho..., caso você seja do tipo desafinado, mais como é para o bem, sejamos sensatos ”vale tudo”!
Aproveite o embalo e dance, dance mais... , mexa-se, solte-se, sinta os movimentos do seu corpo, liberte-se das tensões, a dança ajuda a relaxar, é a pura arte do corpo e legítima expressão da alma!
Afine seus ouvidos para que ouçam apenas o que possa te acrescentar, elevar os pensamentos, sentimentos, te fazer crescer, sentir bem..., o resto, você filtra e deleta!
Vista- se como gosta, e não necessariamente como impõem que se vista, você não precisa seguir a moda dos outros, faça a sua própria moda, vista o que te faz sentir que você, é apenas você mesmo, e não se importe com opiniões e julgamentos de senhor ninguém...! Diz-se disto ter personalidade, e senso de direção próprio, não seja apenas mais um, seja essencialmente "você"!
Faça careta para o que te desagrada e assusta, ria muito sem ter medo de ser feliz, escandaloso ou ridículo, o que realmente importa é que seja natural, venha de dentro..., aí sim, você terá encontrado a receita mágica para a fonte da eterna juventude e bem viver!
Sempre que chegar a algum ou qualquer lugar, (exceto em velórios e enterros, mesmo que eu não tenha restrições quanto a isso, já que faz parte da vida e é algo natural, no meu, faço questão de que todos se sintam à vontade e riam o quanto quiserem, de preferência lembrando-se de momentos felizes dos quais participei... Chororô..., não é comigo, quero sair dessa vendo todos numa boa!), chegue com um lindo sorriso nos lábios, é mágico! Derruba todas as barreiras...
Liberte a criança que existe em você, e não tenha vergonha de chorar compulsivamente no cinema ou em qualquer outro lugar quando algo ou a cena te toque o coração, ou xingar em alto e bom som o bandido do filme que você abomina, ou de soltar aquela gargalhada quando algo engraçadíssimo acontecer..., e vale até aquela torcida tipo: Vai lá! Pega ele! Éééééééééé! – Quando o mocinho esta prestes a vencer o bandidão!
Essas atitudes inofensivas e libertas de inibição com certeza ajudam a desobstruir todas as suas artérias e frustrações e claro... a quebrar algumas regrinhas bobas de etiqueta!
Deixe que as pessoas se sintam a vontade em sua companhia sendo simplesmente você mesmo, saiba sempre discernir os valores pessoais dos materiais e mundanos, eles podem até andar juntos, mas não tem nada haver um com o outro!
Nunca tenha vergonha de ser o que é, pois a perfeição está no jeito de ser e nas características e dons próprios de cada um, valorize- se e ame- se incondicionalmente, sua condição social em nada acrescenta, porque em verdade não tem o menor valor e importância, o que verdadeiramente importa é a crença, o amor por si mesmo, manter sua autoestima sempre elevada, só desta forma você será capaz de expandir o que tem de melhor!
Não tenha critérios muito severos para consigo, afinal somos regidos por uma consciência maior e plena de sabedoria é a voz dela que temos de buscar e ouvir, tenha certeza, ela nunca erra!
Procure o equilíbrio em todas as coisas, momentos, decisões, atitudes e etc... de sua vida, só desta forma se faz possível à paz de espírito e um estado de felicidade mais constante!
E beije... , beije mais!
Abrace mais!
Elogie mais!
Seja mais gentil e o mais generoso que puder ser...
Seja mais engraçado, descomplicado, criativo, descontraído, seja leve!
Agradeça mais, reclame menos da vida, isso só faz de você um chato, e mesmo por que, ninguém tem absolutamente nada a mais que ninguém, apenas pensam que tem da mesma forma que a vida dá ela toma, tudo depende de como você interage com ela e com o mundo a sua volta, nunca se esqueça: a humildade e a gratidão são as maiores e verdadeiras virtudes que o ser humano pode cultivar em si!
Seja mais corajoso, valente mesmo, de bem com a vida, aprenda a lidar com os problemas pensando positivamente, eles não duram a vida inteira, esforce-se, acredite que tudo pode ser superado, eles foram criados para serem resolvidos!
Diga mais “Eu Te Amo”, essas três palavrinhas podem realizar milagres..., tanto para você, quanto para quem às escuta!
Seja mais receptivo, mais compreensivo!
Não vivas do passado deixe-o onde está, o que passou, passou... , bola para frente, quem anda para trás é caranguejo, e a vida sempre oferece um ensinamento ou uma recompensa, isso faz parte do processo de crescimento..., observe mais, fazendo isso, aprenda mais, e viva com sabedoria!
Sempre tenha uma palavra de gratidão na ponta da língua e um gesto de amor engatilhado no coração!
Não tenha vergonha de dizer às pessoas o que elas significam para você, da importância delas em sua vida, de pedir perdão e saber perdoar sempre que necessário, isso fortifica os laços de amor... estimula e impulsiona positivamente os estados consciênciais da mente e faz um bem enorme ao coração!
Seja o mais verdadeiro que puder ser em todas as ocasiões da vida, mesmo que para isso tenha de ferir alguém, pois a verdade por mais doída que pareça ser, sempre será a verdade e tem de ser dita. Por mais que em alguns momentos ela pareça ser um mal, com certeza, sempre será um mal necessário e inadiável que virá para um bem maior...!
Saiba escutar mais!
Exalte- se menos ou se possível nada!
Seja o melhor que puder ser, mesmo que por dentro seu coração esteja em ruínas, pois ninguém deve ser crucificado por nossas tristezas, erros e conflitos interiores e nem mesmo ter a obrigação de dividir o peso de nossa cruz conosco, isso deve ser sempre uma opção do outro e não uma obrigação!
Pense positivamente a sua vida, viva o momento e creia, tudo passa, não há bem que sempre dure nem mal que nunca se acabe! Não sofra precipitadamente por nada, deixe a vida te levar sem medo no coração, de apenas o melhor de si, nunca permita que os maus momentos te derrubem o bom ânimo, a vida é mágica, cultive possibilidades e sonhos maravilhosos em sua mente diariamente, a vida é o que acreditamos profundamente que ela seja!
Orai e vigiai... , isso é de suma importância, pois aprendemos e acrescentamos muito a nossa consciência observando os acontecimentos da vida, como também nossas ações em relação a nós mesmos e ao próximo!
Por isso risque a palavra preconceito de sua existência, já que é uma palavra que gera um sentimento medíocre e que em nada acrescenta. Devemos entender e aceitar que o que existe, existiu e sempre existirá são apenas as diversidades, particularidades, propriedades físicas, comportamentais, psíquicas e etc., então, da mesma forma que gostamos de ser respeitadas em nossas escolhas, decisões, condições, em nossa individualidade, devemos também respeitar a dos outros e coexistir em paz e harmonia! Se todas as flores fossem iguais, tivessem a mesma cor, o mesmo perfume, a mesma aparência e a mesma postura, com certeza os jardins seriam um tédio! Se nos preocuparmos e ocuparmos mais com nós mesmos e nossas posturas em relação à vida, certamente não vamos encontrar tempo, nem disposição para nos preocuparmos tanto com a vida e escolhas do outro!
Lembre- se por mais que pensemos saber muito sobre tudo e todas as coisas, na verdade não sabemos nada ou muito pouco, portanto procure manter-se sempre humilde e aberto ao novo, a tudo o que julgamos ser impossível ou inexistente e até mesmo para a possibilidade de desmistificação de nossas crenças e verdades mais profundas e essenciais, acredite, tudo pode acontecer!
Exercite-se, alimente- se de coisas e sentimentos saudáveis, aposte em si mesmo em seu bem estar..., você só pode vir a ganhar com isso!
Escute sempre e primeiramente a voz de seu coração, siga sua intuição sem ter medo de errar!
Se contudo o mundo não acabar..., com certeza você terá iniciado a melhor fase de sua vida!



Seja o melhor de você para si mesmo e para o mundo, e não o que o mundo te induz a ser!
Feliz Ano Novo!
Claudia Abreu
























































terça-feira, 25 de outubro de 2011

KHALIL GIBRAN

FILHOS

                                                                                  


O AMOR

                                          
                                                                   NA FLORESTA

                                                                    

A BELEZA


                                                                           DA DÁDIVA





                                      

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Os Jardins do Imperador

Sejas minha amiga, alma amiga, se guardardes em ti o dom da dádiva da compaixão...
Um amigo deve ser cultivado como as flores dos jardins de um Imperador!
O jardineiro deste jardim deve assemelhar-se a terra, que se doa simplesmente sem nada cobrar ou esperar, que alimenta a flor com os nutrientes necessários e vitais ao seu bem estar, dando amparo as suas raízes num sentido único de respeito zeloso e amoroso, confiando e desejando seu pleno desenvolvimento...  Não ter dúvida alguma de que a constituição da beleza de tal flor e do perfume que flui de seu interior contribuirão para a realidade de um mundo melhor, mais bonito...
Manter-se sempre aerada, para que nunca à flor falte ar!  E se de adubo ela necessitar, para o seu melhor desenvolvimento, não dê-lhe à mais, nem de menos, excessos poderão prejudicar seu crescimento!
Porém se um dia desiludida com a própria beleza, ela estiver, não tenhas medo, pode-a, pois uma grande amizade se faz principalmente de sinceridade, cuidado e confiança..., visto que da poda, sempre nascem brotos viçosos!
Se murcha ela um dia aparecer, dê-lhe água fresca,
dividas com ela a tua sombra, mas nunca te esqueças de deixardes espaço para a entrada de um novo raio de sol!
Nunca deixes de intuirdes dela as necessidades, pois um amigo não deve esperar ser requisitado e sim saber a hora em que se faz necessário!
Jamais se comedirdes no saber doar-se, pois que o saber dar se faz apenas pelo entendimento da necessidade do outro e nada mais!
Um grande amigo não se faz apenas de letras que dão sentido a um nome, mas de ações, intenções e sentimentos verdadeiros e recíprocos, que unem almas num propósito comum, fazer deste, um mundo onde haja a verdadeira consciência da compaixão, o ato legítimo de saber dividirdes o pão místico da divina ceia. Sendo assim, certo estarás de que os Jardins do Imperador permanecerão intocáveis em sua beleza, pois todas as raízes crescerão em comunhão com a terra, explicitando o dom de reconhecerem-se em plenitude..., pois na terra da verdadeira amizade tudo se compraz e deleita...!
A verdadeira beleza de um jardim, não vem apenas da beleza das flores, mas principalmente, da forma como são cultivadas..., pois, se há amor no cultivo a beleza aparece...!


Cláudia Abreu


Obs: "A compaixão é o desejo que todos os seres – incluindo eu mesma – possam estar livres de sofrimento. Há um elemento de igualdade essencial ou respeito mútuo básico entre eu e os outros seres devido à interdependência. Envolve a compreensão livre de julgamentos do outro. É considerado um dos Quatro Estados Sublimes (ou Os Quatro Incomensuráveis) a serem cultivados. Os outros três são: Amor-bondade, Alegria-altruísta e Equanimidade (igualdade de ânimo tanto na desgraça quanto na prosperidade). A piedade, ou pena, por outro lado, carrega um certo ar de superioridade e até desdém. Não é fácil chegar à percepção correta da interconexão de todos os seres e, conseqüentemente, à prática da verdadeira compaixão. Vivemos presos à delusão da separatividade, cultuamos a nossa individualidade e vivemos um profundo isolamento interno. Assim, nos percebendo como ‘separados’ dos outros seres, dificilmente podemos nos reconhecer como essencialmente ‘iguais’. Desenvolvemos certa arrogância ou sentimento de sermos ‘especiais’ – que pode se expressar tanto no sentido ‘sou especial, superior aos outros’ quanto no sentido ‘sou especial, inferior aos outros’. Perdidos nessa delusão, fica praticamente impossível desenvolvermos a verdadeira compaixão. E fica igualmente difícil compreender a diferença entre compaixão e pena".

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Tesouro escondido



De onde vêm os gritos que bradam a verdade?
De onde vêm as vozes que falam dos por quês?
De onde vêm os murmúrios que segredam as leis da vida?
De onde vem o sopro de liberdade?
De onde vem à fúria incontrolável do ser que não sabe o que é?
De quem são os olhos que se fecham aos raios do sol, que se escondem atrás de óculos escuros, porque acham supostamente prudente protegerem-se usando as lentes da ilusão!
De quem são as consciências que se agregam as efemeridades, ao egoísmo, orgulho e ódio?
De onde vem à ignorância que subjuga o mundo e polui o universo?
O que o tempo esconde por detrás da humanidade?
O que está à mostra de momento a momento ao vivo e a cores nas telas da vida,
mas que inacreditavelmente os olhos cegos pelo indistinto não veem e as mentes enfraquecidas não alcançam, a alma perdida não encontra?
Aonde está oculto o tesouro que revela as verdades da vida?
Deixe os raios de o sol criador penetrarem em suas retinas, iluminando o caminho que se faz por entre suas entranhas, refletindo em cada célula de seu corpo a verdade Universal!
Então descobrirás o tesouro que guardas escondido,
a arca da sabedoria,
o mapa do conhecimento, 
o registro dos tempos, 
a verdade do ser...
             
                              Claudia Abreu




sexta-feira, 2 de setembro de 2011

AMOR...


Amor - primeira parte:
                        
Você pode sentir o Amor?
O que ele é?
De onde vem?
Como nasce?
Como explicar esse sentimento, ou seria um tipo de energia?
Como pode uma coisa tão grande, tão complexa, tão inexplicável, tão incontrolável, tão... eu diria ainda desconhecida pelo ser humano em sua total abrangência e natureza, guardar tanto poder em um nome tão pequeno?
Poderia essa palavra ou qualquer outra dimensionar esse sentimento ou energia de forma realmente plena?
De onde essa palavra surgiu? Quem teria sido o personagem que sentira essa emoção ou sentimento profundo e transformador e o teria denominado “Amor”?
Será que ele tinha o total conhecimento do significado e complexidade deste “sentimento”, já que assim o classificamos?
Quantos mistérios, quantas coisas mal explicadas, quanta falta de conhecimento, quanta ignorância?
Que espécie é essa que não para, para observar o mundo a sua volta, que não para, para se auto- observar? Que não se dá um tempo para uma reflexão profunda sobre a vida, sobre a existência, sobre seu comportamento nesse mundo que pensamos conhecer? Estamos sempre tão atolados, preocupados em sobreviver, que não questionamos o nosso mundo, não só o exterior como principalmente o interior... , sobre esses milhões de questões que se fazem desconhecidas e na maioria das vezes inexplicáveis a nossa compreensão. Estamos presos a uma realidade inconsistente, não temos consciência de quem somos perante o universo físico, espiritual e cósmico, nos deixamos levar por qualquer explicação que pareça viável a nossa ignorância, a nossa cegueira. Pois não nos perguntamos, inquirimos ou cobramos de nada, apenas seguimos e acreditamos no que outras pessoas que julgamos capacitadas, competentes, inteligentes, dotadas de genialidade nos dizem, e fazemos dessas explicações nossa verdade, nossa realidade e feito gado conduzido e condicionado a apenas um certo tipo de pasto vivemos uma vida ditada, alimentada por pensamentos, idéias, conceitos, preconceitos, títulos, rótulos, nomes, normas, regras, falsas leis e etc... , que, todavia não nasceram de nós de nosso discernimento, de nossas próprias experiências, de nosso conhecimento, percepção, intuição, sentimentos, emoções, reflexões... , mas que sim, nos foram passados, ditados por alguém. As pessoas deste mundo, não costumam pensar muito sobre as coisas fundamentais, não questionam o passado, não observam o que a vida lhes diz, não escutam o que o tempo tem para lhes contar, não veem e não procuram saber fundamentalmente o que ficou marcado como história sobre o planeta, não sabem nem mesmo, quem realmente são, não param para refletir e sentir sobre as incoerências desta vida, de suas vidas, e na total cegueira que as envolve, é lastimável! Já que este deveria ser um interesse comum e não apenas de uns poucos, pois que são exatamente esses poucos que se apropriam da história e se aproveitam do desinteresse da maioria para manipular a todos, contando do jeito que lhes convém o que vem de encontro à seus interesses...
Creio que somos uma espécie totalmente desprovida de amor próprio, realmente não conhecemos o significado dessa expressão do ser, dessa energia que se transforma em ser, em ação comum e interligada, em transformação, em significado e poder, em inteligência incomensurável, conhecimento pleno, em multiconsciencialidade, em totalidade em transposição, multidimensionalidade, desdobramento celular, em plenitude energética, em unicidade...
Realmente não sabemos e não estamos interessados em saber, com exceção de uma minoria que reflete, pensa por si mesma e busca a verdade, só nos preocupamos com nossas necessidades materiais momentâneas, mesquinhas, insignificantes, passageiras, pequenas e pobres em substancialidade, isso não só em relação ao universo físico multifacetado e multiforme que nos rodeia, mas também e principalmente em relação a nosso universo interior, espiritual, essencial.

Esse desinteresse se assemelha a passar por um lugar de olhos vendados, é como estar em um campo florido e não sentir o perfume das flores... Viver a vida e não se aprofundar em sua própria história é o mesmo que não conhecer a terra que alimenta suas raízes, o que a compõe e por consequência do que e no que consiste seu alimento... 

A questão é: não apenas sugar da terra e manter- se vivo, mas sim, saber, compreender o significado desse viver, desse ser, desse estar, desse essencialmente existir, buscar, sentir sua natureza, a natureza de seu planeta, senti-lo, tentar ouvir e entender o que ele lhe diz, pois o que para ele é importante e necessário é igualmente para nós, já que somos parte um do outro, fazemos parte de sua história e nele se passou a nossa história, a mesma de todos os que aqui nasceram ou por aqui apenas passaram deixando suas marcas, registros, sementes, influências, legados.
Nas entranhas latentes deste planeta a vida pulsa, se movimenta faz história... , 


ele nos abriga, nos mantém, nos alimenta, nos dá sua matéria e a recebe de volta, para novamente transformá-la em substância viva, energia  materializada, átomos dançando, criando amor, dando oportunidades, abrindo fronteiras para todos os tipos de consciência, para todos os tipos de experiência...,


com a única intenção de que “tudo” um dia possa atingir a forma mais pura dessa energia e então fundir-se em algum lugar do espaço “vazio” do universo sem fim,

no inimaginável gerador de energia de todo o Cosmo, vindo a compor a grande biblioteca Cósmica dos registros vivos da história e conhecimento de todas as formas de vida... da criação divina.

 AMOR SEGUNDA PARTE:                                                                                               

E quando digo formas de vida, não me refiro apenas as formas de vida de nosso planeta, mas a todas as formas de vida do universo, me refiro a todos os milhares e milhares de sistemas solares que existem pelo espaço aberto do Cosmo que abrigam um incomensurável número de planetas em suas mais variadas composições, criando em si exuberantes e variadas espécies com formas de consciência e conhecimentos múltiplos..., muito, muito além do que possamos imaginar!



E me tomo assombrada pela mediocridade humana! Pasmo ao ouvir de outras pessoas, quando dizem não acreditar que haja vida extraterrestre, como? Isso revela uma visão muito estreita, me faz comparar ao susto e a impressão  que nossos índios devem ter tido ao ver as Naus Portuguesas se aproximarem da praia, o que será que pensaram? Eles que certamente se achavam os únicos habitantes da terra, verem chegar com grande aparato, aos olhos e compreenção deles, aquelas coisas enormes com grandes mastros e velas, e cheia de homens brancos com trajes esquisitos!? 


Contudo, não podemos nos comparar a eles, pois temos informações suficientes para alcançar uma outra perspectiva de realidade.  Porém a maioria de nós ainda revela uma visão muito estreita, uma percepção quase estagnada, uma falta de interesse extrema pelo conhecimento investigativo e um senso de observação zerado frente à essa realidade factual. Por isso a importância primordial de manter-se a mente, "não sei" ou "nada sei", sempre clara..., aberta a tudo e todas as coisas e verdades que ainda se fazem escondidas ou desconhecidas...
Relatos consistentes chovem em abundância por todos os lados e meios, em muitos livros sagrados e escrituras existem notificações revelando a passagem de seres de outros orbes em nosso planeta, como também a existência de vida interplanetária a 15 mil quilômetros abaixo da superfície da terra com entrada pelos polos norte e sul,
 o mesmo se diz verdadeiro com o restante dos planetas de nosso sistema solar.

 Os Nefilins ( OPÇÃO DE LEITURA, RECOMENDO)



 
A própria Bíblia nos fala sobre os Nefhilins, (Gênesis-6,4) homens de porte agigantado que vinham de estrelas distantes e que com frequência nos visitavam se relacionando de forma amigável com nosso povo, certamente oferecendo-nos novos conhecimentos, introduzindo ensinamentos que coubessem ao nosso entendimento ainda muito precário, ajudando-nos a ascender na escala evolutiva, desvendando-nos os apaixonantes e misteriosos arcanos da criação divina sem que no entanto pudéssemos absorvê-los em sua total profundidade e complexidade.


Então me pergunto se não estaria “aí” o fundamento das histórias da mitologia grega e de outros tantos livros sagrados, repletos de deuses e deusas com poderes supremos, que iam e vinham dos céus, e até semideuses, gerados das relações dos deuses com humanos?
Naquele tempo, tudo o que não entendíamos e não podíamos explicar, comparávamos com as coisas do mundo que nos cercava, com os fenômenos naturais que representavam a força da natureza, sua divindade e sabedoria, como os raios, trovões, chuva, a lua, o sol, o fogo, enfim, tudo o que exercia em nós temor, admiração, respeito, tudo o que estávamos acostumados a ver e sentir, mas não podíamos conter, explicar, nem alcançar, todas aquelas coisas que eram complexas demais para mentes ainda muito primitivas. Talvez por esses e outros detalhes infindáveis, porém desconhecidos, mal interpretados ou mesmo ocultos de nós por conta de interesses maiores, estejamos hoje tão aquém da evolução prevista para o povo da superfície de nosso planeta. 
Sempre..., de uma certa forma, recebemos ajuda, não só vinculada a vidas superiores extraterrestres na forma física, mas também a nível espiritual, através de encarnações de espíritos elevadíssimos em todos os sentidos, como também de espíritos muito elevados intelectualmente e degenerados no que tange o parte moral, desprovidos do sentido estrutural do amor, cheios de orgulho, ódio e ingratidão, tendentes a todo tipo de corrupção; como foi o caso dos espíritos exilados de *Capela, uma estrela de primeira grandeza, a alfa de sua constelação denominada Cocheiro, conhecida desde a mais remota antiguidade. Por ser um sol, certamente  habitada por uma espécie bastante evoluída. Esses advenas para aqui transferidos em época impossível de ser determinada eram detentores de amplos conhecimentos e de entendimento extremamente mais dilatado em relação aos habitantes da superfície da terra, sendo assim, foram um elemento de ajuda arrastando a humanidade animalizada daqueles tempos, para novos campos de atividade construtiva, para o aconchego da vida social e sobre tudo passando-nos às primeiras noções de espiritualidade e do conhecimento de uma divindade criadora. Tendo os capelinos, amplo conhecimento das leis de ação e reação e de suas consequências, interiormente ou de forma inconsciente, sabiam o motivo de sua queda para esse planeta de paisagem primitiva e selvagem, um cadinho combusto de forças em ebulição,


 definindo assim, os primeiros fundamentos da vida espiritual planetária. (Informações retiradas do livro de Edgar Armond, Exilados de Capela)
Toda essa falta de conhecimento legítimo de nossa história não seria a resposta para aquela pergunta que paira a séculos no ar, para a qual até hoje não encontramos resposta, um elo perdido na história da evolução do homem de símio com características animalescas, totalmente embrutecidas, para uma espécie com características muito mais refinadas, não só no aspecto do desenvolvimento físico como também intelectual?


O que mais poderia explicar esse salto quântico, já que até o presente momento não foi encontrada uma espécie intermediária? Creio eu, que essas entidades extraterrestres  e também as espirituais por misericórdia divina, por razão das novas necessidades do planeta; foram responsáveis pela impressão de um novo fator de organização às raças primigênias, dotando-as de novas combinações genéticas, objetivando o aperfeiçoamento do organismo humano, sejam a origem da primeira raça mãe que a tradição espiritual oriental definiu da seguinte forma:” espíritos ainda inconscientes habitando corpos fluídicos pouco consistentes”.
Verificou-se de pronto tamanha dessemelhança e contraste físico e intelectual entre as espécies de homens, que sentiram os terrícolas imediatamente a evidente e assombrosa superioridade dos ádvenas, que passaram a ser considerados super-homens, filhos dos deuses. Os babilônios antigos, conforme inscrições cuneiformes descobertas pela ciência em escavações situadas em Kuniunik, povoação da antiga Caldéia, somente reconheciam como tendo existido à época do dilúvio, duas raças de homens sendo, uma de pele escura que denominavam os Adames negros e outra de pele clara que denominavam os Sarkus, ambas tendo por antepassados uma raça de deuses que desceram à terra obedecendo a sete chefes, cada um dos quais orientava e conduzia uma massa de homens. Acrescentavam essas inscrições afirmando que foi assim que se formaram as sete raças Adâmicas primitivas.*(Informações e alguns trechos retirados do livro Exilados de Capela de EdgarArmond)
Para essa questão seria muito propício empregar aquela sabia frase de Hamlet, de William Shakespeare que diz existirem mais mistérios entre o céu e a terra que possa supor nossa vã filosofia!


Amor terceira parte:
Estamos tão apegados aos nossos sentidos, ao que somente podem ver os olhos e ouvir os ouvidos, que nos afastamos da voz do coração..., pois o que não podemos sentir através dos sentidos para nós é inexistente ou muito duvidoso. Estamos muito apegados ao material, não sabemos ou esquecemos no âmago de nosso ser, do que somos feitos, e do que é constituído o mundo, a vida em toda sua natureza...


Quando tudo e todas as coisas se fazem exatamente daquilo que não podemos ver, se fazem de energia, dessa energia ao qual denominamos Amor. Não podemos vê-lo em sua natureza maior, mais podemos senti-lo e não deixamos de acreditar nele, em seu poder transformador...


Por que então fazemos questão de nos manter cegos as verdades e evidências da vida?
Pois que, não apenas o que percebemos através dos sentidos, mas principalmente o que captamos de forma anímica, intuitiva ou extra-sensorial, é nossa verdadeira realidade.  Esta energia que pensamos conhecer, ironicamente, é de composição ainda desconhecida, por estar acima de nossa compreensão e entendimentos psíquico e científico, pois se cria, movimenta-se, elabora-se, desenvolve-se... , de acordo com as necessidades de desenvolvimento do Cosmo e suas partes, que constituem o todo, em seu eterno movimento de criação e transformação... 
Esta alusão está muito além de nosso poder perceptivo e de nossa cognição, temos muito a aprender e evoluir num sentido profundo e amplo no que diz respeito ao conhecimento dessas questões de âmbito anímico e científico, em relação à criação e transmutação do universo dentro das leis do Amor e das outras que a seguem.


Porém, existem meios vinculados a nossa essencialidade, meios estes, que estão além de nossa mente velada, que abrem sendas para o inconsciente, para a fonte perene da sabedoria de Deus, onde podemos beber e nos conscientizar do poder dessa energia sábia e amorosa que se doa eternamente a aquele que tem sede da verdade e nela crê e coexiste com o olhar voltado para a realidade última...


Como diz nos Upanishad: 
“aquele que é a essência mais fina- o mundo todo o tem como sua alma.”
Aquele é a realidade. Aquele é Atman. Aquele és tu”.
Esse caminho ou meio que se faz acessível á todos, é o da introspecção ou meditação,


ele nos leva por entre os vales da mente às chaves do conhecimento inconsciente, e quanto mais caminhamos por ele e mais adentramos suas profundezas, mais portas e horizontes se abrem e mais questões se explicam há luz da sabedoria interior.
Pena que apenas poucos achem tempo e disposição para busca-lo e percorre-lo...
Por tal nos quedamos estagnados e mergulhados até o pescoço num mar de questionamentos indecifráveis, num caos psíquico coletivo, que se mantém instalado na humanidade declaradamente perdida numa espécie de labirinto mental.
“Todas as ações são realizadas no tempo pelo entrelaçamento das forças da natureza, mas o homem perdido na ilusão egoísta acredita que ele próprio é o autor. Mas o homem que conhece a relação entre as forças da natureza e as ações, vê a forma pela qual algumas forças da natureza agem sobre outras,


e não se torna seu escravo”. (Upanishads).
Tudo o que foi criado dentro de nossa percepção de universo e além dela foi criado com amor, no amor e por amor e sendo amor..., tudo que nos foi e é concedido ainda que não consigamos conceber seu significado maior, seus propósitos e objetivos; por mais que tenhamos nos quedado pelos caminhos da escuridão no sentido mais profundo, no que diz respeito ao orgulho, a mentira e a ingratidão, que tenhamos cegado nossos olhos da verdadeira luz e esvaziado nossos corações e almas dos legítimos sentimentos, ainda assim nos foi concedido por amor...
Tudo nos foi e é dado e nada nos é cobrado, a não ser por nós mesmos, pela semeadura de nossas próprias ações.


Todo poder é uma faca de dois gumes, se você o detém e não sabe conduzi-lo de forma sensata e verdadeira para você e para os outros, ele se voltará contra o suposto detentor e o sugará; posto que em sua natureza é apenas ilusório, fictício e tende a movimentar-se através da lei de atração fundamental, da qual a base é o amor. Ninguém pode assegurar o poder, mantendo os outros nos freios da mentira, pois não tardará o dia em que o peso íntegro da verdade tomará o seu pedestal, e a mentira desmascarada será, como todo o peso do tempo perdido no torpor e enfraquecimento das mentes envolvidas por atos, palavras e intenções de sub-repção, cairão sobre o impostor.
Todos temos a liberdade de traçar nossos destinos, escolher nossos caminhos, mas devemos ter em mente, que sejam eles quais forem, a meta deve ser sempre a mesma, “a verdade e o amor”, já que está é a nossa natureza...


Por mais perdidos que estejamos, por mais que insistamos em entrar em becos escuros e trilhar estradas sombrias e tortuosas, este sempre será o objetivo final do criador! Não importa quanto temo demore e quão espessa seja a escuridão, um dia a luz se fará e trará consigo a revelação da verdade fundamental do “Amor”...
...¹³Porque Javé escolheu Sião, e a desejou como sua residência própria:
“Ela é minha mansão para sempre, aí vou habitar
pois a desejei.
Vou abençoar suas provisões com largueza e saciar seus indigentes de pão.
De gala vestirei seus sacerdotes e seus fiéis exultarão de alegria. Farei brotar o vigor de Davi, acenderei uma lâmpada para o meu messias.
Vestirei seus inimigos de vergonha e sobre eles vai brilhar minha coroa”. ( salmo 132).
Somos seres livres no amor de Deus, de um Deus ilimitado, fonte de realizações infindáveis, de pura e indescritível sabedoria, bebamos na sua fonte para lembrarmos que acima de tudo está o amor e que somos este “Amor”...


13.“Acima de tudo o Amor”
Ainda que eu falasse línguas, a dos homens e dos anjos, se eu não tivesse o amor, seria como sino ruidoso ou como címbalo estridente.
Ainda que eu tivesse o dom da profecia, o conhecimento de todos os mistérios e de toda a ciência; ainda que eu tivesse toda a fé, a ponto de transportar montanhas, se não tivesse o amor eu nada seria.
Ainda que eu distribuísse todos os meus bens aos famintos, ainda que entregasse o meu corpo as chamas, se não tivesse o amor nada disso me adiantaria.
O amor é paciente,
O amor é prestativo,
Não é invejoso, não se ostenta, não se incha de orgulho.
Nada faz de inconveniente, não procura seu próprio interesse, não se irrita, não guarda rancor.
Não se alegra com a injustiça mas se regozija com a verdade. Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor jamais passará.
As profecias desaparecerão, as línguas cessarão, a ciência também desaparecerá.
Pois nosso conhecimento é limitado, limitada também é nossa profecia.
Mas quando vier a perfeição desaparecerá o que é limitado.
Quando eu era criança, falava como criança, pensava como criança, raciocinava como criança. Depois que me tornei adulto deixei o que era próprio de criança. Agora vemos como em espelho e de maneira confusa, mas depois veremos face à face.
Agora meu conhecimento é limitado, mas depois conhecerei como sou conhecido.
Agora, portanto, permanecem estas três coisas:
A fé, a esperança e o Amor.
A maior delas porém é o Amor. (Coríntios 13)


Claudia Abreu

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

O Dharma...

                      



Oh grande luz do universo!
Força de indizível poder!
Oh imensa vacuidade...
Do teu verbo tudo nasce, tudo pulsa, tudo é transmutável!
Oh grande Pai da vida, tu és todo o amor, toda benção, toda a paz, toda a harmonia, toda a felicidade...
Tu és os dois lados de tudo, os dois lados da vida, tu és sabedoria incomensurável;
do nada extráis o tudo, do mal extráis o bem, das lágrimas o sorriso, das experiências os ensinamentos, das dores a cura...
Todo bem e mal nos são necessários, já que tudo nasce de ti, tudo é bilateralidade, tudo o que nasce morre, tudo o que vai vem, tudo o que vem vai, todo o masculino tem em si o feminino e vice versa, tudo é movimento, é o pulsar interminável da vida é o latejo infindável do universo expandindo o inimaginável...

Tudo gira, tudo é eternamente mutável...
E na vida tudo por tanto, é mera ilusão, até que aprendamos a nos movimentar corretamente na grande roda do Dharma.


E então seguirmos além da roda o caminho da iluminação, da realidade última a que liberta, que harmoniza, que imacula que nos leva a encontrar um poder maior dentro de nós, pois somos o Eu Sou, a luz vinda da luz, a essência do amor, o néctar de uma sabedoria interior vastíssima que ainda não sabemos conectar, mas que quando imbuídos dela a vida explode em luz, torna-se clara.... , sem culpas, sem medos, sem dores emocionais, sem apegos, sem sentimentos negativos, o amor e a compaixão passam a liderar  nossas ações, tudo passa a ser apenas renovação..., energia pura, liberta... Que tudo conterá... , tudo saberá... , tudo sentirá, tudo sabiamente compreenderá e tudo regerá, já que somos o tudo e o nada, a energia que tudo contém e em tudo vibra...

A grande verdade está contida em nós, em cada um de nós... , somos como estrelas nascidas da explosão de amor e compaixão de um único e imenso sol criador e mantenedor de toda a vida... A luz que nos mantém vivos é a sua luz, o seu calor é o nosso calor, a nossa existência é a sua existência fundamentalmente nada tem início ou fim, só o amor é real... Como princípio nada nos faltou ou faltará, vivemos os sofrimentos das ilusões, do que é passageiro, inconstante, não é eterno e nem pode ser considerado propriedade, pois tudo nos é apenas emprestado neste plano energético. Somos totalmente livres, já que somos apenas mente, consciência e espírito, energia inteligente e mutante em constante processo de aperfeiçoamento. Tudo é muito simples, muito claro, mas a mente doentia influenciada pela visão do material, do que não pertence a ninguém, transforma-se em instrumento de dor, de ansiedade e de todos os maus sentimentos, pela incapacidade ou negação de se enxergar e viver a realidade nua e crua. Nos perdemos no mar das ilusões e incansávelmente damos braçadas contra o fluxo natural e real da vida, nadamos contra as ondas, por isso vivemos a levar caldos... Nos esquecemos de quem somos e da única verdade... , enquanto a felicidade e a paz não pertencer a todos não pertencerá a ninguém de forma plena e duradoura, pois se eu sofro você sofrerá, se eu não tenho, você intrínsecamente jamais terá, se a justiça não for para todos de forma igualitária o mal nunca se extinguirá, tudo será inconstante, impermanente,  impenetrável, insondável... , um eterno continuum mental, o Sansara, o eterno sofrimento das mentes corrompidas, o grande furacão que causa a desarmonia dos sentidos, o inferno da alma, energia perdida da fonte...
Acordem filhos do poder e encontrarão o  poder...
A verdade se tornou ilusão e a ilusão verdade!
A verdade está em seu coração, medite, volte-se para si mesmo!
Comtemple o mundo, o movimento da vida, a interdependência da humanidade, de tudo o que é vivo ou morto, pois tudo estará sempre ligado por sentimentos, pensamentos, lembranças, energia coletiva positiva e negativa, da eterna luta da consciência entre o bem e o mal, o certo e o errado.
 Se mudarmos o sentido dessa energia
e a canalizarmos corretamente pela senda da realidade última e eterna, dos verdadeiros Amor e Compaixão encontraremos o que une e jamais separa, encontraremos o “Eu Sou”
que o “Nada Sou” pois o “Tudo Sou”...!


Cláudia Abreu


quarta-feira, 27 de julho de 2011

Lenha e temperança...

  
A vida oferece a lenha dando ar ao fogo das paixões... 
Paixões que se fazem e se erguem em labaredas flamejantes refletindo nos olhos amantes a chama rubra  do querer...
E erguendo-se louca em estalidos vai se fazendo insensata,


acendendo o clarão dos desejos, incendiando o coração...,
ofuscando a razão!
E vem o tempo... , tempo inclemente servido de fogo e de vento consumindo a lenha que ainda em brasas vai se espalhando pelo chão...  Transformando- se pouco a pouco, dia a dia em rio de sangue fervente
que passa levando as rosas cor de rosa,
queimando a relva das sensações e o ninho onde nasceram sonhos, apenas sonhados... , deixando rastro do apetite vazio da carne, do ardor do verdadeiro, brasas de uma paixão que foi chama do efêmero, do em vão...

 O rio que arde, ardendo se consome e em cinzas se faz, cobrindo a terra queimada com fina camada de decepção, sufocando o que ainda restava da ilusão! 
E os sonhos diluem-se em fumaça, perdendo-se nos céus tingidos de cinza que cobrem os campos sofridos e áridos da memória,.. 

Deixando no passado o que se faz lembrança do que durou enquanto chama, 
que ardeu enquanto brasa, 
queimou enquanto sonho, 
consumiu enquanto cinzas
 e perdeu-se enquanto fumaça...
Mas se sobre tudo, ainda estiver no seio da terra quente, oculta e guardada a semente sagrada do amor... ,
A vida oferece o adubo da temperança... ,
 Pois que terra queimada revolvida retorna fértil... ,
e paixão consumida se transmuta...,
 transmutada nasce alva flor, nos translúcidos campos do verdadeiro Amor...

 Claudia Abreu