sexta-feira, 19 de agosto de 2011

O Dharma...

                      



Oh grande luz do universo!
Força de indizível poder!
Oh imensa vacuidade...
Do teu verbo tudo nasce, tudo pulsa, tudo é transmutável!
Oh grande Pai da vida, tu és todo o amor, toda benção, toda a paz, toda a harmonia, toda a felicidade...
Tu és os dois lados de tudo, os dois lados da vida, tu és sabedoria incomensurável;
do nada extráis o tudo, do mal extráis o bem, das lágrimas o sorriso, das experiências os ensinamentos, das dores a cura...
Todo bem e mal nos são necessários, já que tudo nasce de ti, tudo é bilateralidade, tudo o que nasce morre, tudo o que vai vem, tudo o que vem vai, todo o masculino tem em si o feminino e vice versa, tudo é movimento, é o pulsar interminável da vida é o latejo infindável do universo expandindo o inimaginável...

Tudo gira, tudo é eternamente mutável...
E na vida tudo por tanto, é mera ilusão, até que aprendamos a nos movimentar corretamente na grande roda do Dharma.


E então seguirmos além da roda o caminho da iluminação, da realidade última a que liberta, que harmoniza, que imacula que nos leva a encontrar um poder maior dentro de nós, pois somos o Eu Sou, a luz vinda da luz, a essência do amor, o néctar de uma sabedoria interior vastíssima que ainda não sabemos conectar, mas que quando imbuídos dela a vida explode em luz, torna-se clara.... , sem culpas, sem medos, sem dores emocionais, sem apegos, sem sentimentos negativos, o amor e a compaixão passam a liderar  nossas ações, tudo passa a ser apenas renovação..., energia pura, liberta... Que tudo conterá... , tudo saberá... , tudo sentirá, tudo sabiamente compreenderá e tudo regerá, já que somos o tudo e o nada, a energia que tudo contém e em tudo vibra...

A grande verdade está contida em nós, em cada um de nós... , somos como estrelas nascidas da explosão de amor e compaixão de um único e imenso sol criador e mantenedor de toda a vida... A luz que nos mantém vivos é a sua luz, o seu calor é o nosso calor, a nossa existência é a sua existência fundamentalmente nada tem início ou fim, só o amor é real... Como princípio nada nos faltou ou faltará, vivemos os sofrimentos das ilusões, do que é passageiro, inconstante, não é eterno e nem pode ser considerado propriedade, pois tudo nos é apenas emprestado neste plano energético. Somos totalmente livres, já que somos apenas mente, consciência e espírito, energia inteligente e mutante em constante processo de aperfeiçoamento. Tudo é muito simples, muito claro, mas a mente doentia influenciada pela visão do material, do que não pertence a ninguém, transforma-se em instrumento de dor, de ansiedade e de todos os maus sentimentos, pela incapacidade ou negação de se enxergar e viver a realidade nua e crua. Nos perdemos no mar das ilusões e incansávelmente damos braçadas contra o fluxo natural e real da vida, nadamos contra as ondas, por isso vivemos a levar caldos... Nos esquecemos de quem somos e da única verdade... , enquanto a felicidade e a paz não pertencer a todos não pertencerá a ninguém de forma plena e duradoura, pois se eu sofro você sofrerá, se eu não tenho, você intrínsecamente jamais terá, se a justiça não for para todos de forma igualitária o mal nunca se extinguirá, tudo será inconstante, impermanente,  impenetrável, insondável... , um eterno continuum mental, o Sansara, o eterno sofrimento das mentes corrompidas, o grande furacão que causa a desarmonia dos sentidos, o inferno da alma, energia perdida da fonte...
Acordem filhos do poder e encontrarão o  poder...
A verdade se tornou ilusão e a ilusão verdade!
A verdade está em seu coração, medite, volte-se para si mesmo!
Comtemple o mundo, o movimento da vida, a interdependência da humanidade, de tudo o que é vivo ou morto, pois tudo estará sempre ligado por sentimentos, pensamentos, lembranças, energia coletiva positiva e negativa, da eterna luta da consciência entre o bem e o mal, o certo e o errado.
 Se mudarmos o sentido dessa energia
e a canalizarmos corretamente pela senda da realidade última e eterna, dos verdadeiros Amor e Compaixão encontraremos o que une e jamais separa, encontraremos o “Eu Sou”
que o “Nada Sou” pois o “Tudo Sou”...!


Cláudia Abreu