De batalha em batalha alço a espada da vida em teu louvor!
Das pátrias fragilizadas do mundo ecoam mentiras...
Encheram de víboras a tua boca e sujaram tuas palavras de lama, virastes escudo das barbáries, vinho dos que tem sede insaciável de poder, és arrastada pelos campos de guerra e tua terra sofrida absorve o sangue que lhe tinge a face...
Cicatrizes profundas feitas a ferro em fogo marcam a história do homem edificada sobre a verdade trajada de negro! Dama voraz envolvente...,
sorrateira desembainha sua espada afiada com cicuta, deflagrando-a contra a clareza dos sentidos, ferindo a percepção, enfraquecendo a observação, inaltecendo o individualismo, envolvendo mentes em sua espessa bruma persuasiva, que ausentes de si mesmas sofrem a reclusão do claustro que se ergue impiedoso, paralisando os corações e dilacerando a dama sagrada ornada de branco...
Indignada... , oprimida e enfadada revolverá suas entranhas e numa fúria ostensiva expurgará de seu ventre encoberto pelas areias do tempo, parte a parte, os segredos ocultos da pura dama.
E os homens atordoados e sem chão, cairão de joelhos e sentir-se-ão sem abrigo...
E quando já findo e apaziguado o tremor devastador, suas consciências serão arrastadas pelos caminhos ultrajados e violentados da história! Então buscarão desesperadamente em si o Deus consolador... , dono de todo amor e verdade...
E a sagrada dama ornada de branco
já desperta de seu sono profundo reinará íntegra junto ao povo eleito:
“o que reconhece em si a verdade de Deus”...
Claudia Abreu
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