quinta-feira, 14 de julho de 2011

SAUDADE...




Um vazio no peito...
Onde está meu coração?
Pode ele vagar por lugares longínquos em busca de aproximar-se do que está distante?

Onde está meu coração?
Por que regiões do espaço e do tempo meu coração errante procura refúgio?
Nas histórias do passado?
Nos bons momentos vividos..., registrados na memória?
No lume do olhar materno ao ver o filho sugar do peito amante o néctar da vida?
Na incondicionalidade de um amor que não cabe na palavra?
Nos momentos que o tempo não apaga?

Onde está meu coração?
Na inquietude, na ânsia e preocupação dos questionamentos focados nas realizações do futuro?
No sentido vazio dos olhos que querem ver, mais a distância cega?
 Nos braços ávidos por um abraço que tem de ser adiado?
No oco que se faz na alma?
Onde está meu coração?
Perdido na saudade que a distância realiza?
E o que faz a distância?
Como posso mensurá-la?
Como posso descrevê-la?
Como devo senti-la?
Onde buscar a resposta?


- Na voz que se faz latente nas profundezas da alma e sussurra a verdade escondida:
-A distância está presa aos sentidos, a ilusão das percepções...
Feche os olhos, apague a mente, pare o relógio do tempo, desfaça o espaço, e onde está à distância?
Reflexo da mente condicionada!
Ela não existe, está atada a um grupo de letras que geram uma sensação dimensionada pela memória coletiva ancestral, que por sua vez toma um sentido real em sua mente iludida pelas verdades mascaradas do ego humano.

Anule o ego e a individualidade se dilui como também o espaço e desta forma a distância perde seu sentido!
Podemos entender que o mundo está em nossas mentes, como todas as sensações visuais, temporais, espaciais...

Todavia o sofrimento se faz em nossas mentes através de nossas percepções equivocadas, ou melhor dizendo, nascem da falta de conhecimento de nossa própria natureza.
Com isso, deduzimos que saudade, espaço e outras palavras são vazios de realidade e isso se dá pelos simples fato de termos erguido barreiras, afastando-nos de nosso poder interior...
Palavras são vias poderosas, porém ilusórias, atalhos da expressão sentimental criada pelas fantasias da mente construtora e manipuladora das sensações do ego, de sua falsa realidade multidimensional e de suas sombras...
Consciente disso..., desfaça a sombra da saudade em você e sinta-se intrinsecamente unida ao mundo e a tudo o que amas verdadeiramente, pois a  proximidade só pode ser alcançada através do coração!

Abandone o sofrimento optando pelas vias do entendimento e valorização do seu poder interior...
Pois se és “Amor”..., tudo podes!


Cláudia Abreu





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