terça-feira, 12 de outubro de 2010

EXTASE...

                                    

                 Como música suave sussurras ao  meu ouvido, levando-me numa cadência serena ao encontro da verdade...
                Inalo um perfume estonteante, uma multiplicidade de aromas, que não posso identificar, como se o mundo todo diluído no ar eu pudesse inspirar...
                Numa visão fluída de toda a matéria, onde em nada me sustento, num sentido perdido, verto-me ao caminho interior, procurando o leito perdido; um desequilíbrio sem medo, num vazio indagador, mas,  não assustador, algo indefinível além dos limites do pensamento, aonde não há sentido, por um lapso de tempo, dissolvo- me no eu, uma luz ofuscante brilha única no vazio e num toque ameno e profundo..., desvenda- me a natureza do ser...
               Numa única palavra sem ser dita, sou todo o conhecimento..., como um gole de algo embreagador, num extase insondável, sou um raio de luz, deslocando- me pelo espaço numa velocidade imensurável, numa liberdade amável..., que assegura e ampara, sinto-me abraçada pelo cósmo, por um amor..., que transcende o Amor... 

      Diluo o sangue...                                          
         Transpasso o corpo...
                          Desfaço o ego...
                                        Sufoco a mente...
                                                    E mesmo assim, sou pura consciência...!
                                                                                                                       Claudia Abreu

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